EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS POR AGROTÓXICOS AGRÍCOLAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Leandro Venâncio  Brito; Pedro Otávio Rego de  Aguiar; Pedro Henrique de Morais  Manso; Vitor Afonso de Oliveira  Andrade; Guilherme  Borges; Wallisen Tadashi  Hattori; Stefan Vilges de Oliveira

doi:10.22280/revintervol15ed1.506

Leandro Venâncio Brito Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-1325-9287
Pedro Otávio Rego de Aguiar Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-3975-8244
Pedro Henrique de Morais Manso Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-1325-9287
Vitor Afonso de Oliveira Andrade Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-0675-2348
Guilherme Borges Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-2028-1706
Wallisen Tadashi Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-5493-2765
Stefan Vilges de Oliveira Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0002-5493-2765

DOI: https://doi.org/10.22280/revintervol15ed1.506

Palavras-chave: Agroquímicos, Envenenamento, Indicadores de Morbimortalidade, Notificação, Produção Agrícola

Resumo

Introdução: Intoxicação exógena é a consequência clínica e/ou bioquímica danosa da exposição seguida de interação do organismo à elementos tóxicos. O Brasil é um dos países que se destaca no uso dos agrotóxicos e o estado de Minas Gerais também é um usuário importante destes químicos, graças a economia agropecuarista do estado. Por causa de sua ampla utilização, as intoxicações exógenas pelos agrotóxicos são importante agravo de saúde local, que precisam entrar em declínio e, para isso, é necessário que a vigilância em saúde atue assertivamente para minimizar a morbimortalidade por este agravo nas populações expostas, através de ações para promoção e proteção à saúde e prevenção do adoecimento. Objetivo: Descrever as especificidades das notificações de intoxicação exógena por agrotóxicos de uso agrícola no estado de Minas Gerais, Brasil, no período de 2011 a 2020. Métodos: Foi desenvolvido um estudo epidemiológico descritivo, sobre dados do Tabulador de Informações da Saúde do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram incluídas as variáveis clínicas e sociodemográficas relacionadas aos agrotóxicos, relatadas em frequências absoluta e relativa. Resultados: Foram notificados 6.727 casos de intoxicação exógena por agrotóxicos, dentre eles 5.623 por produtos agrícolas, sendo, portanto, o principal agente tóxico (83,5%). A faixa etária mais acometida foi de 20-39 anos. A circunstância de acometimento acidental foi a mais prevalente (34,8%), seguida pela tentativa de suicídio (33,4%). Conclusão: Em Minas Gerais, o modelo de produção agrícola responsabiliza-se pela maioria dos registros por intoxicação exógena por agrotóxicos.