Efeitos indesejáveis e respostas farmacológicas dos antidepressivos

  • Corrêa Universidade São Judas Tadeu
  • Gouveia Faculdades Oswaldo Cruz
  • Ricci Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Nicoletti Faculdade de Cientcias Farmaceuticas da Universidade de São Paulo
  • Peña Muñoz Universidade São Judas Tadeu
  • André Rinaldi Fukushima Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP https://orcid.org/0000-0001-6026-3054

Resumo

Os antidepressivos surgiram empiricamente através de observações em pacientes esquizofrênicos e com tuberculose. No caso dos pacientes esquizofrênicos, a imipramina surgira como sendo uma nova proposta da classe dos neurolépticos devido a semelhança estrutural à clorpormazina, entretanto não houve êxito algum, exceto a melhora no humor em pacientes deprimidos. Já no caso da tuberculose, a iproniazida era usada no tratamento da tuberculose e que também pôde ser observada elevação de humor em pacientes deprimidos. Em 1960, surge a primeira hipótese que tenta esclarecer a causa da depressão: a hipótese monoaminérgica, que dizia que a depressão era uma condição patológica onde o indivíduo apresentava depleção de serotonina, dopamina e noradrenalina e que os antidepressivos deveriam reestabelecer seus níveis em homeostase. Desde o surgimento da psicoterapia até os avanços atuais, ainda não é esclarecido totalmente as vias de neurotransmissores, receptores onde atuam ou mecanismo de ação de fármacos de ação central e isso pode estar relacionado com a sua estrutura, ao qual se denomina relação estrutura-atividade ou com seus receptores. Principalmente através do entendimento farmacodinâmico dos fármacos, é possível evitar interações medicamentosas ou justificar e evitar alguns efeitos colaterais. Com isso, o objetivo deste trabalho é apresentar através da análise das moléculas e padronizar com seus efeitos ou afinidades por determinados receptores, quando for possível estabelecer relação estrutura-atividade e justificar os efeitos colaterais através das interações com receptores para que se possa evitar interações ou potencializações de efeito, uma vez que este pode ser fatal.

Biografia do Autor

André Rinaldi Fukushima, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP
Possui graduação em Farmácia pela Universidade São Judas Tadeu (2008). Mestrado em Toxicologia e Análises Toxicológicas pela Universidade de São Paulo (2010) e Doutorado em Toxicologia pelo departamento de Patologia Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Foi professor, ministrando a disciplina de Química farmacêutica na Universidade Guarulhos (2010 - 2014). Foi por 8 anos e meio Professor na Universidade São Judas Tadeu nos cursos de farmácia, nutrição, biologia, enfermagem, biomedicina e medicina veterinária. Ministra aulas como professor convidado em duas pós graduações. Tem experiência na área de Toxicologia, com ênfase em Análises Toxicológicas, atuando principalmente nos seguintes temas: drogas de abuso, crack,cocaína, cocaetileno, toxicologia, toxicologia forense, toxicologia dos praguicidas, praguicidas, anticolinesterásicos. Mais recentemente assumiu o cargo de coordenador da pós-graduação em Saúde Coletiva na Universidade São Judas Tadeu - SP, sendo essa a primeira Pós-graduação em Saúde Coletiva ofertada por Universidade Particular pelo periodo de 1 ano. Coordena a área regulação com foco no ENADE no Centro Universitário das Américas (FAM) e é Coordenador de Pesquisa e Extensão na Faculdade de Ciências da Saúde IGESP (FASIG).
Publicado
2021-02-02
Como Citar
Tibiriçá, L., Veiga, M. R. de F., Lopes, E., Aparecida, M., Weckx , J., & Fukushima, A. R. (2021). Efeitos indesejáveis e respostas farmacológicas dos antidepressivos. Revista Intertox De Toxicologia, Risco Ambiental E Sociedade, 14(1), 24-42. https://doi.org/10.22280/revintervol14ed1.461