HORMESE, ENVELHECIMENTO E TOXICIDADE: ESTADO DA ARTE

UM NOVO CONCEITO

  • André Rinaldi Fukushima Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP https://orcid.org/0000-0001-6026-3054
  • Sarah Cristina Gozzi e Silva Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo Avenida Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 470 - CEP 05403-000 - SP/São Paulo - Brasil
  • Iago Portolani de Araujo Universidade São Judas Tadeu, Rua Taquari, 546 – Mooca São Paulo/SP, Brasil
  • Juliana Weckx Peña Muñoz Universidade São Judas Tadeu
  • Diana Madureira dos Santos Universidade São Judas Tadeu

Resumo

O envelhecimento é um processo natural e progressivo, o qual acomete aspectos do individuo de forma holística. Um organismo envelhecido, em condições normais, poderá sobreviver adequadamente, porém, quando submetido a situações de stress toxicológico, físico, emocional, entre outros, pode apresentar dificuldades em manter a sua homeostase e levando o mesmo a desencadear o mecanismo de hormese. A Hormese deriva do grego “hormaein” que significa “excitar”. Em sua primeira definição foi descrita como um comportamento bifásico, ou seja, uma habilidade biológica que pode ser modificada por baixas doses de um xenobiótico, mas inibida por doses elevadas do mesmo, ela foi proposta como uma explicação para alterações na homeostase. Uma das teorias mais bem aceitas relacionadas ao envelhecimento é a teoria dos radicais livres. Além dos radicais livres outros xenobióticos podem estar intrinsecamente correlacionados a senescência de células nervosas, como drogas de abuso, medicamentos de uso continuo, toxinas e fármacos, entre outros. Este artigo vislumbra apresentar de forma cientifica uma revisão bibliográfica sistemática, trazendo os temas hormese, envelhecimento e toxicologia correlacionados as áreas da saúde, toxicologia e regulação, mostrando o equivoco de fundamental na natureza quando são avaliadas respostas apenas observando a tríade dose x resposta x exposição. Durante as primeiras décadas do século XX este erro foi o resultado de múltiplos fatores, incluindo o conflito entre homeopatia e medicina tradicional, além disso, as avaliações das respostas da dose hormética são de difícil interpretação, exigindo mais atenção e abstração quanto comparado aos modelos lineares, tradicionalmente aceitos pela maioria da comunidade cientifica. O conceito hormese ajuda os pesquisadores a abordar melhor forma de respostas a baixa dose, mostrando que existe capacidade de adaptação dos organismos e podendo abrir um novo olhar sobre o início doenças degenerativas crônicas e gerando quebra de paradigmas no que tange essa ótica. Palavras chave: Envelhecimento. Hormese. Toxicidade.

Biografia do Autor

André Rinaldi Fukushima, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP
Possui graduação em Farmácia pela Universidade São Judas Tadeu (2008). Mestrado em Toxicologia e Análises Toxicológicas pela Universidade de São Paulo (2010) e Doutorado em Toxicologia pelo departamento de Patologia Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Foi professor, ministrando a disciplina de Química farmacêutica na Universidade Guarulhos (2010 - 2014). Foi por 8 anos e meio Professor na Universidade São Judas Tadeu nos cursos de farmácia, nutrição, biologia, enfermagem, biomedicina e medicina veterinária. Ministra aulas como professor convidado em duas pós graduações. Tem experiência na área de Toxicologia, com ênfase em Análises Toxicológicas, atuando principalmente nos seguintes temas: drogas de abuso, crack,cocaína, cocaetileno, toxicologia, toxicologia forense, toxicologia dos praguicidas, praguicidas, anticolinesterásicos. Mais recentemente assumiu o cargo de coordenador da pós-graduação em Saúde Coletiva na Universidade São Judas Tadeu - SP, sendo essa a primeira Pós-graduação em Saúde Coletiva ofertada por Universidade Particular pelo periodo de 1 ano. Coordena a área regulação com foco no ENADE no Centro Universitário das Américas (FAM) e é Coordenador de Pesquisa e Extensão na Faculdade de Ciências da Saúde IGESP (FASIG).
Publicado
2020-02-28
Como Citar
Fukushima, A. R., Silva, S. C. G. e, Araujo, I. P. de, Muñoz, J. W. P., & Santos, D. M. dos. (2020). HORMESE, ENVELHECIMENTO E TOXICIDADE: ESTADO DA ARTE . Revista Intertox De Toxicologia, Risco Ambiental E Sociedade, 13(1), 04-12. https://doi.org/10.22280/revintervol13ed1.454
Seção
FARMÁCIA (ANÁLISE TOXICOLÓGICA)