Risco ocupacional com anestésico inalatório: uma discussão a partir da opinião da classe médica

  • Francisco Rogério de Araújo Melo Filho Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
  • Ricardo Felipe Silva Soares Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
  • Felipe Gomes Sousa da Silva Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
  • William Vinícius da Silva Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
  • Guilherme Gonçalves Silva Pinto Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
  • Antonio Luiz Martins Maia Filho Faculdade de Ciências Médicas - FACIME/UESPI
  • Rosemarie Brandim Marques Faculdade de Ciências Médicas (FACIME) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).
  • Débora de Alencar Franco Costa Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Palavras-chave: Anestésicos inalatórios, Risco ocupacional, Anestesiologistas

Resumo

Os médicos anestesiologistas são a categoria mais exposta aos danos químicos causados pelos anestésicos. Tais perigos são referidos na literatura como fatores condicionantes para surgimento desde complicações dermatológicas até neoplásicas. Objetivou-se analisar a opinião de médicos anestesistas atuantes na cidade de Teresina-PI sobre risco ocupacional por anestésicos inalatórios. A pesquisa teve como sujeitos profissionais médicos, de ambos os sexos, com residência em anestesiologia, tendo situação ativa de suas rotinas no município de Teresina – PI. A coleta de dados aconteceu no segundo semestre de 2015, sendo aplicado um questionário estruturado com questões objetivas e um roteiro de entrevista. Procedeu-se com a análise temática dos depoimentos, agrupamento de ideias, contagem de palavras e processamento final dos dados. Dos 30 participantes da pesquisa, 60% eram do sexo masculino e 46,6% possuem um tempo de atuação maior que 15 anos. Do total, 93,3% responderam não haver monitoração de gases em seus locais de trabalho. 68,9% afirmaram terem vivenciado algum incidente ou mudança de rotina por consequência do uso de anestésicos inalatórios em sua história profissional. Com a análise das informações provenientes dos sujeitos, o contexto laboral dos anestesiologistas os submete a prolongada exposição a gases inalatórios, em ambientes sem mensuração dos mesmos. Os gases inalados podem gerar incidentes ou mudanças de rotina dos profissionais médicos. C

Biografia do Autor

Francisco Rogério de Araújo Melo Filho, Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Graduando de Medicina.
Ricardo Felipe Silva Soares, Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Graduando de Medicina.
Felipe Gomes Sousa da Silva, Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Graduando de Medicina
William Vinícius da Silva, Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Graduando de Medicina.
Guilherme Gonçalves Silva Pinto, Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Graduando de Medicina
Antonio Luiz Martins Maia Filho, Faculdade de Ciências Médicas - FACIME/UESPI
Professor Dedicação Exclusiva da disciplina Fisiologia.
Rosemarie Brandim Marques, Faculdade de Ciências Médicas (FACIME) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).
Professora Dedicação Exclusiva da UESPI.
Débora de Alencar Franco Costa, Faculdade Integral Diferencial - FACID/DEVRY
Professora de Toxicologia.

Referências

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Publicado
2018-06-22
Como Citar
Melo Filho, F. R. de A., Soares, R. F. S., Sousa da Silva, F. G., da Silva, W. V., Silva Pinto, G. G., Maia Filho, A. L. M., Marques, R. B., & Franco Costa, D. de A. (2018). Risco ocupacional com anestésico inalatório: uma discussão a partir da opinião da classe médica. Revista Intertox De Toxicologia, Risco Ambiental E Sociedade, 11(2). https://doi.org/10.22280/revintervol11ed2.287
Seção
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS II (FARMACOLOGIA - TOXICOLOGIA)