Interações medicamentosas com maiores potenciais tóxicos em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva

uma revisão de literatura

Resumo

A prescrição de medicamentos em condições de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é duas vezes maior do que em enfermaria, favorecendo interações medicamentosas com maior frequência e aumentando o risco de eventos adversos associados a medicamentos. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura científica a fim de compreender o perfil das Interações Medicamentosas (IM) e caracterizar as interações farmacológicas mais prevalentes e potencialmente tóxicas em pacientes de UTI. Para tal, foi conduzida uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, LILACS e EMBASE. Após a seleção de estudos publicados entre 2017 e 2023, foram incluídos 24 artigos na presente revisão. Os resultados dos trabalhos analisados indicam que a maioria das interações se deve a mecanismos farmacodinâmicos, sendo as drogas cardiovasculares as principais responsáveis pelas IM. Associações de clopidogrel e aspirina, clopidogrel e pantoprazol, seguida da associação de azitromicina e salbutamol, foram as combinações mais comumente relacionadas às IM. Compreender as principais IM ajuda os profissionais da saúde a otimizarem a terapia e obter melhores resultados para os pacientes, prevenindo a ocorrência de um erro potencialmente fatal em algum momento durante sua internação na UTI. O auxílio de um software adequado e a participação do farmacêutico clínico como responsável pelo monitoramento das IM com a notificação ao médico sobre possíveis problemas advindos das prescrições pode reduzir a incidência de efeitos adversos relacionados a IM em condições de internação em UTI.