O que podemos esperar das Revistas Científicas em 2017?

2017-01-26
Lucas Rodrigo (Administradores, 2017) em sua discussão quanto a necessidade de administradores em todos os campos de atuação cita o grande Boom dos Periódicos Científicos que ocorreu após a popularização da Internet (paralelamente ao novo milênio). De fato, os periódicos científicos que temos hoje em dia se diferem muito daqueles que líamos há duas décadas atrás, sendo a maior diferença seu suporte, acesso e – acima de tudo – o processo de avaliação e publicação.A rede mundial de computadores gerou infinitas ferramentas e vantagens para seus usuários, porém, entre as principais podemos citar a quebra de barreiras geográficas, garantindo respostas mais rápidas e uma comunicação praticamente instantânea, além do compartilhamento da informação e troca de saberes internacionalmente.Rodrigo (2017), continua em seu discurso falando a respeito da principal característica das revistas cientificas, seu caráter acadêmico e alto rigor metodológico.  Porém, nos últimos anos temos nos deparado com opiniões diferentes quanto a esse aspecto. Críticas duras quanto ao conteúdo das revistas têm crescido exponencialmente, levantando a necessidade de processos avaliativos transparentes e garantindo a qualidade dos textos publicados.O processo avaliativo mais recomendado é aquele que ocorre através de rodadas, já discutido aqui anteriormente: http://revistarevinter.com.br/index.php/toxicologia/announcement/view/3Esses temores quanto ao conteúdo se dão principalmente em relação aos custos de publicação, muitas vezes sendo insinuado que autores “comprariam” um espaço dentro das revistas, não passando por uma correta avaliação de conteúdo e/ou passando na frente de outras publicações que já aguardavam anteriormente.Quando falamos do tempo de espera entre uma submissão e uma publicação, sempre fomos acostumados com longos períodos que poderiam exceder um ou dois anos. No Brasil, a Scielo e a Capes recomendam o tempo médio de seis meses entre o recebimento do artigo e seu aceite (ou recusa).Com isso os periódicos lidam com a problemática de garantir um processo avaliativo confiável, em um espaço de tempo consideravelmente curto além de transparência durante todas as etapas. Seria isso possível?Os periódicos eletrônicos garantiram uma comunicação entre avaliadores, editores e autores facilitada, redução no tempo do processo editorial e publicação, além de maior alcance da revista e criação do “Acesso Aberto”, política que garante o acesso ao conteúdo dos periódicos por qualquer um e sem qualquer custo.Na VI Reunião Anual da Scientific Eletronic Library Online, realizada no dia 14 de dezembro, foram levantados os desafios para as revistas científicas no mundo, sendo que as necessidades brasileiras envolvem justamente as problemáticas até então discutidas: tempo elevado do processo editorial, necessidade da adesão de mais periódicos ao Acesso Aberto e elevação da qualidade do conteúdo, principalmente  dos níveis de profissionalização, internacionalização e sustentabilidade financeira (CAPES, 2017).O ano está só começando, porém, com cada vez mais exigências pelas grandes bases indexadoras, é necessário que os editores reavaliem suas diretrizes e se adaptem as novas necessidades do mercado. Links e fontes utilizadas:http://www.planetauniversitario.com/index.php/cursos-e-palestras-mainmenu-63/conferencias-mainmenu-66/36974-especialista-avalia-mudancas-nas-publicacao-de-revistas-cientificashttp://www.administradores.com.br/artigos/academico/administracao-nao-e-teoria/101723/