V SELEP ocorre no mês de julho

2017-07-12
Na última semana ocorreu o V SELEP, Seminário de Leitura e Produção Textual organizado pela UNESC, com o tema: Língua(gem) e Práticas Pedagógicas. Ocorrido entre 05 a 07 de julho o seminário teve como objetivo discutir o papel da língua e da linguagem nas práticas e abordagens pedagógicas na sala de aula do ensino básico e superior do Brasil.A língua e linguagem são temática de estudos há décadas pelos cientistas da informação, Mikhail Bakhtin foi um filósofo e pensado russo que revolucionou as pesquisas quanto a linguagem, trazendo abordagens multidisciplinares que englobavam a crítica literária, história, filosofia, antropologia e psicologia. Em seus estudos ele debatia quanto a importância da linguagem como ferramenta de interação social, e a resposta dessa ação como forma de prática pedagógica.Em 2017 a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) organizou um ranking comparando a educação fundamental e média de 36 países, e o Brasil elencou a 35ª posição (Fuentes, 2017). Com uma colocação tão baixa diante a outros países, e levando-se em conta que o Brasil cresce de forma exponencial anualmente, o debate quanto a modificação dos métodos pedagógicos existentes é uma necessidade.Os periódicos científicos são uma poderosa e importante ferramenta de disseminação do conhecimento técnico científico, ainda assim tal conteúdo não consegue chegar ao grande público, ainda voltado a uma minoria acadêmica, a informação científica sofre com sua elite de intelectuais selecionados, já que muitos estudantes e formados do ensino superior (ainda assim) não conseguem interagir com esse tio de linguagem.Com um ensino básico sucateado e o ensino superior “empurrado com a barriga” não é à toa que ainda fiquemos em colocações baixíssimas nos rankings educacionais, não só isso, nossos investimentos em tecnologia e ciência são sempre baixos e de financiamentos públicos, o que demonstra a falta de credibilidade das empresas privadas e grandes investidores em nossos cientistas.Mais do que nunca é hora de utilizarmos desses seminários, encontros e debates para repensar a educação no Brasil, principalmente de fundos públicos. Somente assim poderemos pensar em um futuro com profissionais mais bem preparados, instruídos e uma classe de cientistas brasileiros destacando-se internacionalmente.